sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Infinito particular"

Nunca gostei de falar de sentimentos. Com ninguém. Então para não explodir de informação, decidi arranjar um jeito de expressar isso e resolvi escrever. Pra mim escrever é como descarregar: quando passo pro papel sinto que posso tomar decisões melhores, que estou mais leve, que posso sorrir sem medo ou parar de chorar. A partir do momento em que divido com a caneta e o papel como estou no momento, acredito que estou pronta pra virar a página. Estes textos, frases, ou seja lá o que saia, costumavam ficar escondidos, nunca gostei que alguém tivesse acesso por que achei tudo muito pessoal. Até que, agora, resolvi mostrar alguns deles e quem sabe aos poucos todos serão compartilhados. Pra começar vou pegar leve, rs. Vou deixar aqui um texto que  não é tão pessoal, é quase uma narração de algo que aconteceu misturado com imaginações. Este algumas pessoas já leram pois foi para ajudar uma amiga a fazer uma redação. Espero que gostem.


Amor. Substantivo abstrato que se torna tão concreto quando estou com você. Parece tão pouco mais um sorriso tímido ou um olhar prolongado já me palpitam o coração.
Por falar em olhar, que olhar! Penetrante, mas tão intimidado pela minha presença, é provocativo e ao mesmo tempo apaixonante. E a boca? Meus olhos acompanham cada movimento num desejo insaciável de beijá-la e nem que seja por um instante ela seria minha, tão pequena, tão gostosa.
Quando te vejo idealizo teus braços em volta de mim, um carinho inefável que emana entre nós, isso poderia ser possível? O perfume dos teus cabelos, longos para o tamanho “padrão” masculino, agrada meu olfato. Cabelo liso, castanho, levemente queimado pelo sol molda de forma harmoniosa o seu rosto de pele macia também queimada, ou melhor, bronzeada pelo astro rei. Enquanto eu observava tudo isso você falava, meus ouvidos até captavam sua voz marcante mas eu não compreendia, estava envolvida na fantasia até notar sua presença cada vez mais próxima, podia sentir o calor do teu corpo, seu hálito fresco e agi involuntariamente colocando minhas mãos na tua nuca, seus lábios tocaram os meus de leve, como uma carícia e se abriram, se encaixaram e juntos tivemos minutos de prazer mútuo. Só me lembro dos teus braços me tocando, me pressionando contra o teu corpo.
Resisti em interromper aquela valsa de línguas e ele também parecia não querer que acabasse. O vento forte encarregou-se disso para nós, batendo a porta com força e criando uma reação espontânea fazendo com que abríssemos os olhos para ver o que houve. Com isso nos olhamos, sorrimos e ele me abraçou, beijou minha testa e deixou um quê de paixão. Entendi então que seria pra sempre. E foi.

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